Asma e Gravidez
A asma acomete cerca de 8% das gestantes e é uma das principais intercorrências clínicas crônicas e está associada a desfechos maternos e perinatais desfavoráveis.
A gravidez pode influenciar o curso da asma de forma variada, verificando-se melhora dos sintomas em um terço dos casos, piora do quadro em outro terço das pacientes e nenhuma alteração no restante das gestantes. Piora dos sintomas da asma na gravidez é mais frequente entre mulheres que apresentam controle inadequado da doença antes da gestação.
Nos casos de asma mal controlada, a avaliação da vitalidade fetal deve ser rigorosa, buscando identificar possíveis repercussões para o futuro recém-nascido.
A gestante asmática não controlada apresenta um risco aumentado de desenvolver pré-eclâmpsia, parto prematuro, restrição de crescimento intrauterino e parto cesariano.
O tratamento da asma na gravidez visa garantir um aporte adequado de oxigênio para o feto.
Considera-se mais seguro para a gestante asmática ser tratada com medicações para controle a longo prazo da asma, do que apresentar exacerbações ou sintomas da doença.
As medicações para asma, como bombinhas de corticóide e de broncodilatadores são consideradas seguras para uso durante a gestação.
Não existe a necessidade de parar o tratamento da asma durante a gestação, aliáis, parar o tratamento pode colocar em risco a vida da mãe e do bebê na barriga.
Caso você seja asmática e percebeu piora dos sintomas durante a gestação procure seu médico com urgência.
Fonte: Asthma in pregnancy: current management – ASBAI.
Alergia e Imunologista – CRM 134705